Planejamento Estratégico Situacional: Passo a Passo Essencial Para Criar Um de Sucesso

planejamento estratégico situacional

Nesse artigo você vai aprender tudo sobre:

  • O que é o Planejamento Estratégico Situacional (PES)
  • Como funciona
  • Como colocar em prática
  • E muito mais

Vamos lá!

O que é Planejamento Estratégico Situacional? (PES)

O Planejamento Estratégico Situacional (PES) é uma metodologia de planejamento que inicialmente foi criada para resolver desafios da administração pública, mas que hoje em dia muitas empresas adaptaram e utilizam no mundo corporativo.

Ele é usado como uma ferramenta de gestão estratégica. Nesse contexto, a metodologia busca entender a realidade da empresa, identificando os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças do mercado em que atua, bem como as tendências e desafios futuros.

A partir dessa análise, é elaborado um plano estratégico para a empresa, que inclui objetivos, metas, estratégias e ações específicas para alcançá-los. O plano estratégico é construído de forma participativa, envolvendo diferentes áreas e níveis hierárquicos da empresa, e é revisado periodicamente para garantir sua adequação às mudanças do ambiente externo e interno.

O PES no mundo corporativo também pode ser utilizado para a gestão de projetos específicos, como a introdução de um novo produto ou serviço no mercado, a expansão da empresa para novas regiões ou a melhoria de processos internos.

Em todos os casos, a metodologia busca garantir a sustentabilidade e a competitividade da empresa, considerando não apenas os aspectos financeiros, mas também os sociais e ambientais.

Carlos Matus: quem foi o criador do PES?

Carlos Matus foi um autor e economista chileno, que nasceu em 19 de novembro de 1931 e faleceu em 21 de dezembro de 1998

Carlos Matus desenvolveu o PES para enfrentar os desafios do serviço público. Ou seja, trata-se de um planejamento estratégico público.

O autor tinha como objetivo romper as relações com os modelos de planejamentos tradicionais.

Matus propõe um modelo de planejamento que funcione na realidade e a realidade é conflitiva.

Na realidade existem diversos atores sociais com diferentes visões de mundo, interesses e compromissos.

São essas diferenças que provocam conflitos. Existindo conflitos, é necessário pensar estrategicamente para enfrentar os oponentes e alcançar os objetivos propostos.

Ou seja, no planejamento estratégico situacional, todas as forças sociais planejam e governam.

Matus também afirmava que um ator social pode ser uma pessoa ou um coletivo de pessoas, que podem ser representadas por organizações, ou uma personalidade que, atuando em uma determinada situação é capaz de transformá-la.

Planejamento Tradicional Vs. Planejamento Situacional

No modelo tradicional o sujeito e o objeto são planejados de forma independente, enquanto que no PES o sujeito está inserido no objeto, fazendo parte da realidade planejada.

No tradicional existe somente uma explicação verdadeira para o diagnóstico, no PES há mais de uma explicação devida a participação de vários atores.

Enquanto no PES os atores se enfrentam com objetivos conflitantes, no tradicional o comportamento destes são previsíveis com objetivos planejados.

O planejamento tradicional é desenhado em um contexto previsível, diferente do PES, onde a incerteza é predominante em função das dinâmicas situacionais.

Outra crítica ao modelo tradicional é quanto ao planejamento sobre problemas bem estruturados que tem uma solução conhecida.

Em contrapartida, o PES tem seu planejamento voltado a problemas quase estruturados, com soluções abertas e conflitantes.

Por que sua empresa deve ter um Planejamento Estratégico Situacional

A metodologia do PES considera diversas variáveis e se torna muito mais assertivo para gestores e resultado nas empresas.

Fazer um Planejamento Estratégico Situacional (PES) na sua empresa pode trazer diversos benefícios, tais como:

Compreensão da realidade da empresa: O PES permite que você faça uma análise detalhada da situação atual da sua empresa, identificando seus pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças do mercado em que atua.

Definição de objetivos e metas claras: Com base na análise da realidade, o PES ajuda a definir objetivos e metas claras e específicas para a sua empresa, o que facilita o alinhamento de todos os colaboradores em torno de um propósito comum.

Identificação de estratégias e ações: O PES ajuda a identificar as estratégias e ações necessárias para alcançar os objetivos e metas definidos, o que permite que a empresa atue de forma mais eficiente e eficaz.

Maior integração e colaboração: O PES é uma metodologia participativa, que envolve diferentes áreas e níveis hierárquicos da empresa na construção do plano estratégico. Isso ajuda a promover a integração e a colaboração entre os colaboradores, o que pode melhorar a comunicação e a sinergia entre as equipes.

Monitoramento e avaliação contínuos: O PES permite que a empresa faça um acompanhamento constante dos resultados obtidos e avalie a eficácia das ações implementadas. Isso permite que a empresa faça ajustes no plano estratégico, caso seja necessário, e mantenha-se alinhada com as mudanças do ambiente externo e interno.

Como Fazer um Planejamento Estratégico Situacional em 4 Etapas

A metodologia criada por Carlos Matus consiste em 4 etapas para ser realizada com sucesso.

Acompanhe!

Etapa #1 Momento Explicativo

O momento explicativo é quando é selecionado um problema a ser trabalhado. É o momento para resolver determinado conflito.

É o momento que busca conhecer uma realidade, identificar os problemas presentes e observar as oportunidades para a ação.

Responde-se às seguintes perguntas: quais (problemas) e por que (ocorrem)?

Aqui, questionam-se as oportunidades e os problemas que o ator que planeja enfrenta, a partir da análise situacional.

Etapa #2 Momento Normativo

O momento normativo é a identificação de soluções.

Chama-se os atores envolvidos no processo e juntos procuram-se soluções para determinados problemas.

É o momento de propor soluções aos problemas identificados. Aqui deve-se definir os objetivos, as metas, as atividades e os recursos necessários, correspondendo ao que deve ser feito.

Etapa #3 Momento Estratégico

O momento estratégico é o momento de gerenciamento de conflitos de interesses e para que seja viável aplicar as ações que foram identificadas como soluções no momento normativo.

São estabelecidos o desenho e os cursos de ação para que sejam superados os obstáculos e as dificuldades, expressando o que deve ser e o que pode ser feito.

É o momento de construir a viabilidade das propostas de solução elaboradas.

Etapa #4 Momento Tático Operacional

O momento tático-operacional é o momento da implementação daquilo que foi decidido fazer. É o momento de concretização das ações.

Momento de definir e implementar o modelo de gestão, monitoramento e avaliação do plano.

Variáveis Controláveis e Não Controláveis no Planejamento Estratégico Situacional

Para saber implementar bem o Planejamento Estratégico Situacional é preciso entender os dois tipos básicos de variáveis desenvolvidos por Carlos Matus: as controláveis e as não controláveis.

1. Controláveis

As variáveis controláveis PES são aquelas que a empresa ou organização tem controle direto sobre e pode influenciar de forma direta ou indireta.

Essas variáveis são consideradas internas à empresa e podem ser gerenciadas e modificadas para atingir os objetivos e metas estabelecidos no plano estratégico.

Algumas das variáveis controláveis mais comuns no PES são:

  1. Recursos financeiros: A empresa pode definir e gerenciar seu orçamento, alocando recursos financeiros de forma estratégica para as áreas e projetos prioritários.
  2. Recursos humanos: A empresa pode gerenciar sua força de trabalho, definindo políticas e práticas de gestão de pessoas que promovam o engajamento, a motivação e o desenvolvimento dos colaboradores.
  3. Processos internos: A empresa pode gerenciar seus processos internos, definindo fluxos de trabalho eficientes e eficazes que garantam a qualidade e a produtividade dos serviços ou produtos oferecidos.
  4. Tecnologia: A empresa pode investir em tecnologia e inovação para melhorar seus processos e produtos, aumentar sua competitividade e atender às demandas do mercado.
  5. Marketing e vendas: A empresa pode gerenciar suas estratégias de marketing e vendas, definindo ações específicas para atrair e fidelizar clientes, aumentar as vendas e a rentabilidade.

Ao considerar as variáveis controláveis no PES, a empresa pode direcionar seus esforços e recursos para os aspectos que têm maior impacto na sua performance e nos seus resultados.

Além disso, pode desenvolver ações específicas para melhorar esses aspectos e garantir a sustentabilidade e a competitividade da empresa no longo prazo.

2. Não Controláveis

No PES também existem as variáveis não controláveis.

São aquelas que a empresa ou organização não tem controle direto sobre e que podem influenciar de forma significativa o seu desempenho e atividades.

Essas variáveis são consideradas externas à empresa e podem ser classificadas em três categorias: invariantes, variantes e surpresas.

Invariantes:

São variáveis que não mudam ao longo do tempo e que são comuns a todas as empresas de um determinado setor ou mercado, como a legislação, a concorrência, as condições econômicas e demográficas, entre outros.

Embora a empresa não possa controlar essas variáveis, é importante que ela as considere no seu planejamento estratégico e desenvolva ações que permitam lidar com elas de forma eficaz.

Variantes:

As variantes mudam ao longo do tempo e podem ser influenciadas por fatores externos ou internos à empresa.

Alguns exemplos de variantes são as mudanças tecnológicas, as tendências de mercado, as preferências dos consumidores, entre outros.

A empresa pode desenvolver estratégias para monitorar as variantes e adaptar-se a elas de forma eficiente.

Surpresas:

Surpresas são variáveis que não podem ser previstas ou controladas pela empresa e que podem ter um grande impacto no seu desempenho.

Por exemplo, crises políticas, mudanças repentinas nas preferências dos consumidores, entre outros.

Apesar de ser impossível prever ou controlar, é importante que sua empresa esteja preparada para lidar com elas de forma ágil e eficaz assim que ocorrerem.

Conclusão

Se ficou claro o que é planejamento estratégico situacional e como ele funciona, então você já está preparado para aplicar essa metodologia na sua empresa.

Agora eu quero ouvir de você:

Como você vai implementar o planejamento estratégico situacional no seu negócio?

Me conta aqui nos comentários.

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1 comentário em “Guia: o que fazer para aumentar seus resultados”

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Quem é Dra. Tânia Zambon?

Dra. Tânia é empresária, estrategista de negócios e autora de dez livros. Fundadora do ITZ, empresa que nasceu em 2011, ela tem centenas de resultados documentados de aumento de faturamento para clientes. Em 2018, através dos seus treinamentos, ajudou seus alunos a conquistarem juntos, a marca de 1,2 bilhões de reais no aumento de faturamento. Ela ajuda tanto grandes empresas como Globo, Unimed, OralSin, quanto pequenas e médias.

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