Cada vez mais as empresas e startups brasileiras estão expandindo seus escritórios para fora do país, a fim de encontrar novas oportunidades em mercados de trabalho diferentes.
Esse movimento ajuda na globalização do time de colaboradores, além de facilitar trocas comerciais e um maior contato com tendências de negócios internacionais.
A nova onda dos empresários brasileiros é a Europa, que tem tentado se firmar, junto com os Estados Unidos e a China, como um polo tecnológico e sustentável.
Esse movimento estratégico de deslocamento e expansão empresarial leva em conta principalmente que a Europa sempre foi um lugar visado por conta da qualidade de vida e moeda forte.
Esse movimento das empresas pode ajudar na globalização do time de colaboradores, além de facilitar trocas comerciais e contato com tendências de negócio.
De acordo com o estudo “Getting to Equal 2019: creating a culture that drives innovation”, da consultoria Accenture, companhias inclusivas e diversas são 11 vezes mais inovadoras e têm funcionários seis vezes mais criativos.
Uma equipe global traz diferentes experiências, mentalidades e culturas. Isso é fundamental para a inovação.
Renee Mauldin, diretora de recursos humanos do Nubank, concorda que a presença internacional expande a diversidade.
“Descobrimos que os bancos de talentos globais complementam nossas equipes, atraem aqueles que desejam estar em uma empresa global e querem aprender um com os outros”, afirma.
O Brasil e outros países da América Latina têm um mercado de tecnologia crescente, mas a Europa é, ainda, um celeiro de bons profissionais.
Segundo Gabriel Braga, CEO do QuintoAndar, a mudança também facilita o acesso a esses profissionais.
Sabemos que o Brasil é um país continental e, por isso, há pouco contato com a cultura de países fronteiriços. Na Europa, acontece o oposto. Assim, por mais que uma empresa esteja em Lisboa e outra na Alemanha, elas ainda terão acesso a conhecimento de diversos territórios.
Como Renee Mauldin disse, “Somos capazes de nos conectar a diferentes ecossistemas de tecnologia, o que nos permite estudar e aplicar tendências globais de forma rápida”.
E cada cidade europeia pode representar algum atrativo, de acordo com o ramo e as expectativas das empresas brasileiras. Berlim, na Alemanha, por exemplo, é referência em sistema bancário digital.
“Queremos estar próximos de outras empresas e comunidades inovadoras. É por isso que buscamos lugares que estejam florescendo com novas ideias e alinhados à nossa cultura acelerada de startup”, complementa Mauldin.
Portugal, escolha da Loggi e do QuintoAndar, do ponto de vista de negócio, é como uma entrada suave no mercado europeu. “É um país cuja cultura e língua são semelhantes à nossa, além de estar investindo para atrair mais empresas de inovação para cá”, diz Igreja.
Nos últimos cinco anos, mais de 80 centros de tecnologia se instalaram em território português e foram criados mais de 8,5 mil postos de trabalho.