A CIÊNCIA POR TRÁS DE POR QUE ALGUMAS MARCAS VIRALIZAM E OUTRAS MORREM INVISÍVEIS
No ambiente digital, milhares de marcas competem pela atenção do consumidor. Contudo, enquanto algumas se tornam fenômenos de audiência, geram conversas espontâneas e viralizam com facilidade, outras permanecem completamente invisíveis — mesmo investindo tempo, esforço e recursos.
A diferença entre elas não está apenas na criatividade ou na sorte, mas em fatores científicos ligados ao comportamento humano, ao processamento emocional e aos gatilhos sociais que determinam o que vale a pena ser compartilhado.
Esses princípios são amplamente explicados em Contágio, de Jonah Berger, que estuda por que certas ideias se espalham rapidamente enquanto outras desaparecem sem impacto .
Este artigo explora a base científica que faz algumas marcas viralizarem e explica por que outras não conseguem despertar nenhum interesse.
1. Emoção é o principal motor do compartilhamento
O cérebro humano é programado para reagir a estímulos emocionais. Conteúdos que provocam surpresa, admiração, indignação, humor ou inspiração têm maior probabilidade de serem compartilhados.
Segundo estudos da psicologia social, quanto mais alta a ativação emocional — positiva ou negativa — maior o impulso de repassar a informação.
Marcas que viralizam ativam emoções, não apenas argumentos.
2. O valor social influencia diretamente o engajamento
Pessoas compartilham aquilo que as faz parecer:
- inteligentes
- atualizadas
- conscientes
- úteis
- influentes
Esse fenômeno é chamado de moeda social.
Marcas que criam conteúdo que eleva o status social do consumidor acabam sendo compartilhadas espontaneamente.
Quando compartilhar algo faz o indivíduo parecer melhor, ele se torna promotor da mensagem.
3. Histórias são mais poderosas do que informações soltas
A narrativa é uma das formas mais antigas e eficientes de transmissão de conhecimento. O cérebro humano compreende melhor informações integradas em histórias do que listas, dados ou descrições frias.
Marcas que contam histórias:
- geram identificação
- são mais memoráveis
- criam contexto emocional
- facilitam o entendimento
- aumentam a adesão à mensagem
Por isso, storytelling é um dos elementos centrais da viralização.
4. Praticidade aumenta a probabilidade de compartilhamento
Conteúdos que ensinam algo útil tendem a se espalhar com mais facilidade. Informações práticas geram valor imediato e posicionam a marca como referência em seu nicho.
Os consumidores compartilham:
- dicas rápidas
- resoluções de problemas
- tutoriais
- checklists
- orientações que melhoram o dia a dia
Quando o conteúdo ajuda, ele se espalha.
5. Prova social valida a relevância da mensagem
Pessoas seguem comportamentos percebidos como populares. Quando veem que muitos estão engajados, tendem a participar, reforçar e amplificar o movimento.
A prova social se manifesta em:
- comentários
- avaliações
- depoimentos
- número de visualizações
- compartilhamentos
- presença em listas ou rankings
Marcas que viralizam utilizam elementos visíveis de prova social como combustível.
6. Gatilhos de recorrência aumentam a lembrança da marca
Algumas marcas se tornam virais porque se associam a gatilhos que surgem repetidamente no cotidiano. Esses gatilhos ativam a lembrança e estimulam espontaneamente a divulgação.
Exemplos de gatilhos recorrentes incluem:
- datas
- eventos
- tendências culturais
- rotinas
- memes
- necessidades diárias
Quanto mais a marca se conecta com situações frequentes, maior é a probabilidade de ser lembrada.
7. O ambiente digital amplifica — mas não cria — relevância
A viralização não nasce do algoritmo, e sim da relevância da mensagem combinada ao comportamento humano. Plataformas aceleram o processo, mas não substituem o valor daquilo que é comunicado.
Marcas que viralizam:
- entendem o comportamento humano
- conectam emoção e utilidade
- criam mensagens com propósito claro
- transformam informação em experiência
- estimulam conversas naturais
Marcas que não viralizam costumam criar conteúdo genérico, pouco emocional e sem conexão real com o público.
Conclusão
A viralização não é um fenômeno aleatório — é consequência direta de gatilhos sociais, emocionais e cognitivos que moldam o comportamento humano. Marcas que compreendem essa dinâmica criam mensagens capazes de se espalhar organicamente, gerar engajamento consistente e fortalecer presença no mercado.
Para construir uma marca viral, é necessário aplicar elementos como emoção, valor social, storytelling, praticidade, prova social e gatilhos recorrentes. Quando esses componentes se alinham, a mensagem deixa de ser apenas conteúdo e se transforma em conversa — e conversas geram crescimento.
2 Comments
Valdirez gaudencio da Silva
Achei super promissor pra futuro das empresas seja qual for o seu seguimento
Alexandre
Excelente artigo, estamos melhorando dia pós dia nossos processos com a Central de relacionamento com nossos pacientes. Hoje utilizamos o WhatsApp em um CRM o quem nos permite centralizar todas as conversas, vender mias para nossos pacientes e gerar um engajamento ainda maior. Grato Tânia.